andando
me deparo com um abismo
daqueles que tiram o fôlego
desorientam os sentidos
percebo
que estava só parada.
de frente pro espelho.
... a primeira etapa do cozimento. (fragmentos escritos dos sons palavreados, idéias desvanecidas e vicissitudes)
sem título, com pausas. sem voz, com palavras.
I (depois de 9 dias)
Oh mãe!
Depois de tanto tempo sem trançar meus cabelos
tomas da liberdade de trançar
as linhas do campo magnético
da minha terra
do meu mundo,
que era tão parte do universo teu.
Ah mãe...
Agora a bússola anda louca!
Quando penso que me volta o rumo,
eu me debato com uma volta completa
que não é ao mesmo lugar,
mas que é a lugar nenhum.
Culpa da tua trança, mãe!
Eu sabia que você não pode ser duas.
Mas eu não sabia,
que você não sabia se dividir.
E não sabia, que em trinta dias você finalizaria,
com um nó tão bem dado
Essa trança, que eu não saberei desfazer.
II (depois de 4 anos e 4 meses)
Quatro anos, quatro meses.
Meus quatro olhos,
olham pros quatro cantos
e não vêem mais nós quatro;
mas insistem em relembrar
dos quantos momentos.
Lembranças mudas.
Minhas duas mãos,
meus dois pés
seguem tocando a vida
e caminhando adiante;
mas insistem em seguir
trilhando nos mesmos caminhos.
Ensinos nem sempre verbais.
As quatro cavidades do meu coração,
meus quatro lobos cerebrais
continuam pulsantes;
mas insistem em te ter guardada
de um modo que palavras não expressam
que lágrimas não chegam a ser suficientes
(e essas duas, juntas
não embaçam
nem fazem vacilar
nossas certezas - eu sei que são minhas mas que também eram tuas)
Oh mãe!
Depois de tanto tempo sem trançar meus cabelos
tomas da liberdade de trançar
as linhas do campo magnético
da minha terra
do meu mundo,
que era tão parte do universo teu.
Ah mãe...
Agora a bússola anda louca!
Quando penso que me volta o rumo,
eu me debato com uma volta completa
que não é ao mesmo lugar,
mas que é a lugar nenhum.
Culpa da tua trança, mãe!
Eu sabia que você não pode ser duas.
Mas eu não sabia,
que você não sabia se dividir.
E não sabia, que em trinta dias você finalizaria,
com um nó tão bem dado
Essa trança, que eu não saberei desfazer.
II (depois de 4 anos e 4 meses)
Quatro anos, quatro meses.
Meus quatro olhos,
olham pros quatro cantos
e não vêem mais nós quatro;
mas insistem em relembrar
dos quantos momentos.
Lembranças mudas.
Minhas duas mãos,
meus dois pés
seguem tocando a vida
e caminhando adiante;
mas insistem em seguir
trilhando nos mesmos caminhos.
Ensinos nem sempre verbais.
As quatro cavidades do meu coração,
meus quatro lobos cerebrais
continuam pulsantes;
mas insistem em te ter guardada
de um modo que palavras não expressam
que lágrimas não chegam a ser suficientes
(e essas duas, juntas
não embaçam
nem fazem vacilar
nossas certezas - eu sei que são minhas mas que também eram tuas)
Oco (à Sandra, em empatia)
Existem vazios
Que nos ultrapassam;
mas que ao mesmo tempo
só cabem em nós.
Dilaceram cada molécula
do nosso corpo;
mas constituem-se em parte
de nossa sobrevivência.
Vazios, ainda que paralisadores,
sempre mobilizam:
Nem que seja para
a
busca
do preen
chimento...
Vazios, quando tocados,
fazem barulho.
[Nem que seja de ausência]
Que nos ultrapassam;
mas que ao mesmo tempo
só cabem em nós.
Dilaceram cada molécula
do nosso corpo;
mas constituem-se em parte
de nossa sobrevivência.
Vazios, ainda que paralisadores,
sempre mobilizam:
Nem que seja para
a
busca
do preen
chimento...
Vazios, quando tocados,
fazem barulho.
[Nem que seja de ausência]
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